Liberdade de Imprensa: como é ser um jornalista na Argentina ou Venezuela?

Jornalistas argentinos, venezuelanos e brasileiros afirmam que a situação da Liberdade de Imprensa na Argentina e na Venezuela está em risco. A situação, segundo eles, passa pela dificuldade em falar com fontes do governo, emissoras de TV e rádio sendo invadidas a mando do Estado, até a prisão de profissionais da comunicação.

A questão foi abordada no debate “A situação da mídia na Argentina e Venezuela”, que teve a participação de María Eugenia Ludeña, ex-repórter do jornal Página 12-Argentina; Pablo Mendelevich, colunista do La Nación; o venezuelano Fernando Engaña, articulista; e Noel Padilla Fernández, especialista em comunicação. Além da presença dos brasileiros Carlos Eduardo Lins da Silva, doutor em comunicação e editor da revista Política Externa; Sidnei Basile, vice-presidente do Grupo Abril; e Humberto Saccomandi, editor de internacional do jornal Valor Econômico. O encontro fez parte do Seminário Cultura Liberdade de Imprensa e foi mediado por Herodoto Barbeiro.

Todos concordaram que a situação da Argentina é melhor do que no país presidido por Hugo Chávez, mas que isso não significa que a mídia consiga trabalhar livremente por lá. “A relação de governo e imprensa é muito complicada”, disse Mendelevich. A conterrânea do colunista foi mais firme na opinião: “A Liberdade de Imprensa na Argentina só existe na teoria”, afirmou Maria Eugenia.

Os venezuelanos também não pouparam o governo local de não se relacionar bem com os veículos de comunicação: “Eles criaram um falso antagonismo, faz um embate entre governo e a mídia”, informou Padilla Fernández. “Hugo Chávez está lutando contra os meios de comunicação”, completou Engaña.

As informações são do site comunique-se.

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